quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A noite corrida!

Nada se ouve, apenas o vento forte faz assobiar e dançar as ervas do chão. À medida que o frio me rosa a cara, a cadência do meu passo, faz pulsar o ritmo do meu coração, acompanhado de uma respiração ofegante. O bater do pé no trilho a percorrer, fazendo espalhar pequenos fragmentos de terra e areia num som esmagante. A lua que me sorri numa fase balsâmica, deixa que as estrelas preencham um negro céu, fazendo a pequenas luzes brilhantes da cidade, jorrar a sua artificialidade. O poder da sinfonia do silêncio, que me acompanhava um pensamento ausente. Um pensamento distraído pelo cansaço, pelo rasgar do pulmão à medida que o ar entra. A luz parca que nem o rosto da minha mão gretada deixa ver, ilumina um trilho traçado. Um trilho que percorro, com a velocidade, com a cadência e força que quero. Sigo nele, escolhendo entre os vários cruzamentos, novos caminhos. Criando novos obstáculos ao meu rumo. Paro, ofegante, sinto o suor a escorrer na cara. É a podridão que sai de mim. Inspiro fundo e sigo em frente.